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terça-feira, 30 de agosto de 2011
Quem pode, pode
Ela vive nas ruas, com seus sapatos de sola grossa, com a saia curta, deixando mostrar as suas pernas negras. Seu cabelo desalinhado, tem cachos que balançam e emolduram um rosto que apesar das noites mal dormidas, mostra uma Ritinha, quase pueril, quase cativante, com uma feminilidade, quase impossível de existir,mas que ela tem.
Tem amigos, todos moradores de rua, eles mudam no dia a dia, mas ela até chora quando um adoece. Senta entre eles com as pernas cruzadas como se fosse uma dama.
Como pode gostar de alguém, quem não se ama? Mas coração não precisa de casa, pode gostar de andar na rua, pode até passar fome, mas pode amar.
Ela está ali na esquina todos os dias e hoje quando perguntei onde havia dormido, respondeu:
- Eu sempre encontro uma cama para dormir.
Tem amigos, todos moradores de rua, eles mudam no dia a dia, mas ela até chora quando um adoece. Senta entre eles com as pernas cruzadas como se fosse uma dama.
Como pode gostar de alguém, quem não se ama? Mas coração não precisa de casa, pode gostar de andar na rua, pode até passar fome, mas pode amar.
Ela está ali na esquina todos os dias e hoje quando perguntei onde havia dormido, respondeu:
- Eu sempre encontro uma cama para dormir.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Celine Dion - "J'ATTENDAIS"
Porque não vens mostrar-me as estrelas?
Também o sol, que te cora a pele?
Quero tua mão para correr no campo,
Quero confundir teu corpo com flores,
Quero sentir o perfume,
Este, só teu, que não esqueço.
Porque não vens?
domingo, 28 de agosto de 2011
ANA ALCAIDE "COMO LA LUNA Y EL SOL" 2008
Tão pequeno, tão grande, tão cheio de amor, andando pelas linhas tortas e certas da vida que Deus lhes deu.
Notre-Dame de Paris - 42 - Lune (HD) Live
Com saudades de mim,
Com saudades da casa,
Com saudades da rua,
Com saudades de ser feliz,
Com saudades de chorar,
Com saudades de ti.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Dulce Pontes: "Estranha forma de vida"
Saber, um pouco da tua vida, já me conforta. Vivo de momentos, expectativas, sinto-me um caçador, fico à espreita de qualquer ruído teu. Quem diria, depois de tanto te amar, de tanto amor, viver de momentos. A vida é ingrata, muitas vezes com quem ama de verdade. O tempo implacável, não pára para que eu possa voltar e de novo te amar. Que trato poderei fazer com os dias que ainda tenho, para, pelo menos te abraçar, no final?
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Ana Carolina e Seu Jorge
Uma vez mais, não faria mal a ninguém.
A gente poderia usar a mesma fantasia,
E num faz de conta, dançar a mesma música,
Para colar meu corpo ao teu, de tal jeito,
Que tu me amarias outra vez, como eu continuo a te amar.
domingo, 21 de agosto de 2011
Lara Fabian - Immortelle
Deixa-me te acariciar, deixa-me sentir o teu sabor
Não quero perder o tempo que tenho,
Tudo passa depressa demais!
Faz de conta, que vamos começar tudo outra vez.
Quanto tempo é para sempre?
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
VOCÊ NÃO SABE - Roberto Carlos (na voz de Maria Bethânea)
Todas as loucuras que já fiz,
Todas às vezes, que já calei.
Todas as tentativas foram em vão,
Para deixar de te amar assim.
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Edith Piaf - NON, JE NE REGRETTE RIEN - legendado
Tens o poder, ou algo que não me atrevo descrever,
Talvez sejas um bruxo,
Pareces com o vento, levando-me a lugares que não visito mais,
Pareces com o sol, fazendo meu corpo arder de saudade,
Pareces com a água, lavando minha alma de ternura.
Só, nesta alquimia, chamando-me de querida, e na despedida deixando-me um beijo.
André Rieu- Nostalgia
Meu amor não tem nome,
Não tem encontros, nem abraços.
Meu amor é atemporal, nem corporal.
Não usa palavras, só lembranças,
Meu amor ama o amor,
E, somente, precisa de nós para ser amor.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
PAULA SANTORO com Chico Buarque "Sem Fantasia"
Vou pedir, vou rezar, vou fazer roda de samba, vou pular num pé só,
Só para ficar mais leve, livre.
Só para gritar bem alto,
Só para sonhar, poder sorrir,
Só para sentir os teus braços num abraço e depois dormir.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Ennio Morricone - Chi mai
Eu me espanto, nos meus cantos, pelas frestas vazam saudades contidas. Vão-se a minha mocidade, as certezas e incertezas, os meus cabelos compridos, o meu corpo de menina, pessoas que tanto amei, amores mal acabados, amigos que não vejo mais, cheiros que me marcaram, vozes que não esqueço, músicas que ainda canto.
Vejo tudo, escorrer, desenhando o meu corpo, pelas calçadas que ainda piso.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Garou - Je n'attendais que vous [OFFICIAL MUSIC VIDEO]
Vôo com o vento,
O mesmo vento que te acaricia,
São minhas mãos que te percorrem,
Procurando o que deixamos o tempo levar.
Perco-me, faço voltas e não me vejo
Vou com o vento, procurando me encontrar.
domingo, 31 de julho de 2011
quarta-feira, 27 de julho de 2011
segunda-feira, 25 de julho de 2011
sexta-feira, 22 de julho de 2011
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Samuel Barber: Agnus Dei (Adagio for strings)
Hoje chove lá fora e chove dentro de mim.Há dias assim, eu vou respeitar.São dias nos quais, as pessoas que amo, estão aqui comigo, dentro de mim e eu não as vejo, só as sinto.Eu queria abraçá-las, dizer que estão fazendo falta, hoje mais ainda.Elas passaram rápidas demais,quase sem aviso prévio me deixaram.
Mas um dia a gente faz a festa e estaremos felizes.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
RAY OF HOPE
E, quando esta luz iluminar o meu rosto, eu estarei pronta para soltar o meu grito, o meu pranto de amor, tão calado, tão escondido dentro do meu peito. Aí eu te verei passar e talvez eu não te reconheça jamais.
domingo, 17 de julho de 2011
ALMOST A WHISPER
Eu piso no chão,sinto a terra nos meus pés, sinto o cheiro do teu corpo. Vou tateando cada pedaço do teu ser. Corro, vou, volto e me transformo em flores.
sábado, 16 de julho de 2011
VOCÊ - MARINA ELALI (COM LEGENDA)
Sem volta
E, a gente tem que mentir para suportar.
Tem que sorrir, tem que chorar sozinha,
Tem que viver só sabendo de ti,
Sem poder dar a volta.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
terça-feira, 12 de julho de 2011
Emma shapplin - la notte etterna
E pelas ruas ela corria, mas queria ter asas para voar.Ela iria ao seu ninho, ao seu mundo.tão guardado, escondido em sua alma. Ela iria abraçá-lo, sentir seu perfume,iria acomodar-se em seu abraço, em seu corpo confundir-se.
Iria amá-lo como sempre desejara.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Garou -- L'adieu
Eu vou nascer em Paris, na próxima.
Adeus,
As árvores úmidas de Setembro
Diante do sol a recorda
Sobre aquelas palavras doces e ternas
Que eu te propus dizer-me
A favor de um caminho vazio
Ou então de uma vela acesa
Adeus ao que fomos nós dois
Na paixão do verbo amar
O Adeus,
É uma infinita diligência
Onde os cavalos deverão sofrer
Onde os reflexos da tua ausência
Marcam a sombra do prazer
O adeus é uma carta de você
Que eu guardarei sobre o meu coração
Uma ilusão de você e eu
Uma impressão de viver em outro lugar
O Adeus,
É apenas uma verdade frente a Deus
Todo o resto é uma carta a escrever
Sobre aqueles que estão a dizer-se adeus
Quando era necessário ficar
Você não pode mais esconder os olhos
Diante do vermelho das chaminés
Nós conhecemos outros fogos
Que tão bem nos consumiram
O Adeus,
É nossos dois corpos que se separam
Sob o rio do tempo que passa
Eu não sei mais porque você parte
E você não sabe porque me abraça
Nós não temos mais inveja
Nem das palavras que fazem sofrer
Assim como se havia escolhido o rumo
É penoso o momento de partir
Oh! O Adeus!
quarta-feira, 6 de julho de 2011
sábado, 2 de julho de 2011
Il Faut Savoir - Charles Aznavour
É preciso saber
é preciso saber ainda sorrir
quando o melhor se retirou
e o que resta é o pior
numa vida animal, a chorar
é preciso saber, custa que custa
guardar qualquer dignidade
e contra que nos custa
partir, sem olhar pra trás
perante o destino que nos desarma
em frente a felicidade perdida
é preciso saber esconder as lágrimas
mas eu, meu coração, não soube..
é preciso saber deixar a mesa
quando o amor é servido
estando presente o ar lamentável
mas partir sem fazer barulho
é preciso saber esconder a triste
sob a máscara diária
e reter os gritos de ódio
que são as últimas palavras de amor
é preciso saber permanecer gelado
e calar um coração que sofre
é preciso saber esconder a face
mas eu, meu coração, não sabe mais
é preciso saber, mas eu, eu não sei mais..
terça-feira, 28 de junho de 2011
Falam que nossas vidas não valem grande coisa,
Elas passam em um momento como murcham as rosas.
Falam que o tempo que desliza é um bastardo
Que de nossas tristezas ele faz um casaco.
No entanto alguém me disse, que você ainda me amava,
Alguém que me disse que você ainda me amava
Será isto possível então?
Falam me que o destino se diverte conosco
Que não nos dá nada e que nos promete tudo
Que a felicidade está dentro do alcance,
Então você estende a mão e se descobre louco
No entanto alguém me disse...
Mas quem me disse que você sempre me amava?
Eu não recordo mais, era tarde da noite,
Eu ouço ainda a voz, mas eu não vejo o rosto
"Ele ama você, isso é segredo, não lhe diga que eu disse a você"
Você vê alguém dizendo a mim...
Que você ainda me amava, você disse isso realmente...
Que você ainda me amava,
Seria isto possível então?
Falam que nossas vidas não valem grande coisa,
Elas passam em um momento, como murcham as rosas
Falam que o tempo é um bastardo
Que nossas tristezas são aparência
No entanto alguém me disse...
sábado, 25 de junho de 2011
Tola, louca
E vou te seguindo, tentando captar teus pensamentos, como se todos fossem, a mim, dirigidos. Ouço tua voz, só eu estou a teu lado, o abraço, talvez não toque o meu corpo, mas sei que abraças a mim.
Tola, louca esta mulher que te beija e se deixa beijar imaginando que seja o seu amor, somente dela.
Edemora da Luz
sábado, 18 de junho de 2011
Desisto
Desisti de mim, não quero mais sonhar contigo junto a mim, desisti de te querer de qualquer jeito, de te querer com ou sem teu cheiro, com teu cabelo grisalho, com teu corpo junto ao meu. Chega de esperar teu abraço, o teu beijo que não sai da minha boca.
Quero esquecer de mim te lembrando, quero caminhar sozinha, não quero te esperar em uma rua qualquer, quero lembrar que preciso deixar de te amar.
Edemora da Luz
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Eu adoro voar
Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!
Clarice Lispector
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!
Clarice Lispector
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Telefone
Pensei que encontraria um rapaz todo tatuado, cheio de manhas e trejeitos, com cheiro de pedra, se é que usuário tem jeito e cheiro de usuário, mas o que vi me surpreendeu. Ele era de estatura pequena, magro, mas mostrava nos olhos, uma dor calada, quase magoada da perda de um grande amor. Um amor que nascera quando era bem mais jovem, um amor que fora intenso cheio de cores, daqueles que amanhece e anoitece com a gente. Um amor que a gente espera horas por um telefone que toque, sem importar-se com o caminho, mas apenas com o final, ouvir a voz.
Inúmeras vezes esperei o telefone tocar, e quando tocava o coração pulava, saltava do peito e se não fosse o amor esperado eu dizia, não é para mim, com a voz partida, cheia de dor.
Mas quando eu ouvia a sua voz, eu tremia, como se ele estivesse vendo-me. Diga- se de passagem que o telefone era daqueles pretos, pendurado na parede.Ah, se aquele telefone falasse...! Ele diria o quanto amei, o quanto eu daria tudo por um beijo ao vivo.
Bastava aquele telefonema, no início, mas o tempo foi passando e o nosso amor aumentando, não mais seria possível só ouvir a voz, a gente queria se abraçar, se cheirar, se beijar.
Toca telefone, toca!
Inúmeras vezes esperei o telefone tocar, e quando tocava o coração pulava, saltava do peito e se não fosse o amor esperado eu dizia, não é para mim, com a voz partida, cheia de dor.
Mas quando eu ouvia a sua voz, eu tremia, como se ele estivesse vendo-me. Diga- se de passagem que o telefone era daqueles pretos, pendurado na parede.Ah, se aquele telefone falasse...! Ele diria o quanto amei, o quanto eu daria tudo por um beijo ao vivo.
Bastava aquele telefonema, no início, mas o tempo foi passando e o nosso amor aumentando, não mais seria possível só ouvir a voz, a gente queria se abraçar, se cheirar, se beijar.
Toca telefone, toca!
domingo, 12 de junho de 2011
Al Pacino - Scent of a Woman
Sabe aquele sonho de dançar um tango, bem dançado, com aquele vestido e sapato, com tudo o que tem direito?
É um sonho antigo, tenho que reálizá-lo.
Sonhe
Sonhe com aquilo que você quiser.
Vá para onde você queira ir.
Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar, duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar porque em pleno dia se morre.
Clarice Lispector
quarta-feira, 8 de junho de 2011
terça-feira, 7 de junho de 2011
sexta-feira, 3 de junho de 2011
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Saudade
Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.
Pablo Neruda
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.
Pablo Neruda
terça-feira, 31 de maio de 2011
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
Cora Coralina
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
Cora Coralina
domingo, 29 de maio de 2011
Pela primeira vez
Tenho uma proposta. Que tal, "fazer de conta" que nunca nos encontramos, nunca nos vimos, nem fomos apresentados, muito menos, nos falamos ou, olhamos um para o outro?
Voltemos no tempo para buscar aquele instante mágico em que nos cruzamos e, cristalizá-lo como um vitral de alguma catedral. Que fique na memória do passado a nossa história de amor.
Assim, poderemos fazê-la primeira e única, novamente.
Marquemos encontro num ponto qualquer:- um "coffee shop", uma rua íngreme de Porto Alegre, uma pousada em Gramado. Pode ser ao acaso e pode ser proposital. Tanto faz, desde que nos vejamos.
Entreguemos, pois, ao destino a artimanha desse (re) encontro.
Faremos tudo antes como se nada houvesse acontecido depois.
Nessa nova e inédita história não haverá silêncios constrangedores, palavras inadequadas, gestos desvairados, ternura demasiada, cobranças exageradas.
Aquela porta fechada com força e com raiva não mais se repetirá. O adeus lacerante e doloroso, sem maiores explicações, ficará sepultado no plano do "nunca mais", naquela gaveta cerrada do esquecimento.
Aliás, repetições ficam, desde já, permanentemente proibidas.
Seremos, estritos e extremamente, coerentes com o sentimento que, por certo, transbordará de nós, sem remorsos, culpas, reticências. Principalmente, as reticências desaparecerão.
Saberemos, com clareza, reconhecer o valor da simplicidade dos gestos e dos silêncios.
A cumplicidade irrestrita e plena será a tônica desse relacionamento. Melhor dizendo, dessa paixão. Porque seremos apaixonados um pelo outro como nunca dantes se ouviu falar.
Um início, partindo da estaca zero, tabula rasa.
O fato inegável de estarmos, ainda, vivos (pelo menos, aparentemente), nos permite a chance de realizar o que, intensamente, está implícito em nossas peles e almas.
Falando em intensidade, é ela o fator que desencadeará essa estréia. A intensidade nos afetos, assim como na vida, é o que assegura e justifica a minha proposta.
Dispensável é crer em ti ou em mim. Trata-se de acreditar no que foi intenso e autêntico em meio a tantos descaminhos, pelos quais nos perdemos de nós. Nunca do sentimento.
A duração, o tempo medido, não importa. O que foi vivido está arrolado como testemunha no processo da existência pela intensidade do que foi sentido. Os momentos são únicos e exclusivos quando são lembrados pela força das marcas que deixaram.
E então? Onde e quando nos encontraremos pela primeira vez?
Maria Alice Estrella (Nasceu em Porto Alegre)
Voltemos no tempo para buscar aquele instante mágico em que nos cruzamos e, cristalizá-lo como um vitral de alguma catedral. Que fique na memória do passado a nossa história de amor.
Assim, poderemos fazê-la primeira e única, novamente.
Marquemos encontro num ponto qualquer:- um "coffee shop", uma rua íngreme de Porto Alegre, uma pousada em Gramado. Pode ser ao acaso e pode ser proposital. Tanto faz, desde que nos vejamos.
Entreguemos, pois, ao destino a artimanha desse (re) encontro.
Faremos tudo antes como se nada houvesse acontecido depois.
Nessa nova e inédita história não haverá silêncios constrangedores, palavras inadequadas, gestos desvairados, ternura demasiada, cobranças exageradas.
Aquela porta fechada com força e com raiva não mais se repetirá. O adeus lacerante e doloroso, sem maiores explicações, ficará sepultado no plano do "nunca mais", naquela gaveta cerrada do esquecimento.
Aliás, repetições ficam, desde já, permanentemente proibidas.
Seremos, estritos e extremamente, coerentes com o sentimento que, por certo, transbordará de nós, sem remorsos, culpas, reticências. Principalmente, as reticências desaparecerão.
Saberemos, com clareza, reconhecer o valor da simplicidade dos gestos e dos silêncios.
A cumplicidade irrestrita e plena será a tônica desse relacionamento. Melhor dizendo, dessa paixão. Porque seremos apaixonados um pelo outro como nunca dantes se ouviu falar.
Um início, partindo da estaca zero, tabula rasa.
O fato inegável de estarmos, ainda, vivos (pelo menos, aparentemente), nos permite a chance de realizar o que, intensamente, está implícito em nossas peles e almas.
Falando em intensidade, é ela o fator que desencadeará essa estréia. A intensidade nos afetos, assim como na vida, é o que assegura e justifica a minha proposta.
Dispensável é crer em ti ou em mim. Trata-se de acreditar no que foi intenso e autêntico em meio a tantos descaminhos, pelos quais nos perdemos de nós. Nunca do sentimento.
A duração, o tempo medido, não importa. O que foi vivido está arrolado como testemunha no processo da existência pela intensidade do que foi sentido. Os momentos são únicos e exclusivos quando são lembrados pela força das marcas que deixaram.
E então? Onde e quando nos encontraremos pela primeira vez?
Maria Alice Estrella (Nasceu em Porto Alegre)
sábado, 28 de maio de 2011
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Mal de Alzheimer
Ele a trouxe com tanto carinho ao consultório. Seu amor tão delicado, gentil após sessenta anos de casamento, era de uma grandeza tal, que tudo à volta ficou tão pequeno que nem percebido foi.
Após uma discussão com sua filha, ela resolvera esquecer a sua personalidade e até o homem que amava tanto. Esquecera de seus filhos para sobreviver à dor maior de ter sido ofendida por um deles. Sua memória fora perdida e reencontrada na sua infância onde seria mais fácil sobreviver à perda de si mesma, onde seria a criança que também sofrera até agressões por parte de sua mãe, que quebrara o seu nariz com um tapa, mas que em escala de grandeza perdera para a dor, tão doída, da ofensa.
Ele, com seus 87 anos, ignorava a ausência da amada, relatando que ela não esquecera um dia sequer de seu almoço. Falei-lhe que teria que ser forte para conseguir ver sua amada afastando-se, entregue a cenas quase infantis, fugas pelo portão da rua, amontoando roupas pela casa. Ele, calado, triste, dizia querer achar a cura para ela, iria para uma cidade maior, onde houvesse uma esperança. Manteria a esperança de ser amado, até o fim, pela mulher que ele tanto amava.
Após uma discussão com sua filha, ela resolvera esquecer a sua personalidade e até o homem que amava tanto. Esquecera de seus filhos para sobreviver à dor maior de ter sido ofendida por um deles. Sua memória fora perdida e reencontrada na sua infância onde seria mais fácil sobreviver à perda de si mesma, onde seria a criança que também sofrera até agressões por parte de sua mãe, que quebrara o seu nariz com um tapa, mas que em escala de grandeza perdera para a dor, tão doída, da ofensa.
Ele, com seus 87 anos, ignorava a ausência da amada, relatando que ela não esquecera um dia sequer de seu almoço. Falei-lhe que teria que ser forte para conseguir ver sua amada afastando-se, entregue a cenas quase infantis, fugas pelo portão da rua, amontoando roupas pela casa. Ele, calado, triste, dizia querer achar a cura para ela, iria para uma cidade maior, onde houvesse uma esperança. Manteria a esperança de ser amado, até o fim, pela mulher que ele tanto amava.
terça-feira, 24 de maio de 2011
Exile - I Wanna Kiss You All Over (1978)
Robertinho,quando és feliz, crio asas, voo sobre as nuvens,querendo alcançar o céu.
Viva Apaixonadamente
É preciso viver apaixonadamente, em qualquer situação, indistintamente.
Seja lá o que for que você faça, empregue toda tua energia e todo teu espírito nesta tarefa. Acredite, se fizeres assim, sentirás prazer até em lavar pratos ou em varrer a calçada, por quê há vida e beleza em tudo, e cada momento é importante, principalmente este que você nem percebe passar e, por favor, largue estes pratos e esta vassoura: há música no ar!Cante, ainda que desafinado, e dance, mesmo sem saber dançar.
Chore todas as lágrimas que tiver e ria até não mais poder. Ame, perdoe, sinta raiva, chute o balde, faça aquilo que você verdadeiramente tem vontade de fazer. Não é convencional? É arriscado? O que as pessoas irão pensar? Afinal, o que você pretende?
Se você pensa que é maravilhosa a rotina de trabalhar, voltar pra casa, assistir tv, dormir e sair com as crianças no final de semana, parabéns. Você é uma pessoa realizada. Mas penso que até fazer sexo, por melhor que seja, acaba ficando apenas razoável em um ritmo destes.E eu quero o melhor do sexo, o melhor do meu trabalho, o melhor da minha família, o melhor da minha vida.
Se você também quer isso, envolva-se de mágica, deixe fluir a energia que existe em você. O universo inteiro está latente dentro de ti e tudo que você precisa fazer é deixar-se explodir. E quantas coisas surgirão, quanto a fazer, quanto a conhecer. Vá, não olhe pra trás. Não pense em nada, apenas confie em você. Você marchará rumo ao infinito e o que você viverá poderá ser bom ou ruim, nunca se sabe, mas sempre será enriquecedor, não duvide disto. E nunca, nunca se deixe vencer pelo medo, siga em frente.
Ninguém conquista um sonho sem perseguí-lo, ninguém anda uma milha sem dar o primeiro passo. Se ao fim da estrada alguma sombra de arrependimento te atacar, ainda assim levante a cabeça, orgulhe-se por ter tentado, por ter buscado, por ter empregado todas as tuas forças até o último instante.Tanto pior e sempre pior é arrepender-se daquilo que você não fez.
Augusto Branco
segunda-feira, 23 de maio de 2011
domingo, 22 de maio de 2011
Magia
Quero coisas que não tive,
Quero os sonhos que não sonhei,
Quero os abraços que não dei, os beijos que não ganhei
Quero me ter novamente,com a energia contida,sem medo de viver um novo conto de amor.
Quero ter o vento no rosto,
Quero as asas que perdi, para voar feito um pássaro,
Quero o sorriso de volta,
Quero o corpo molhado de chuva,
Quero dançar na rua,quero gritar bem alto,
Quero ficar contigo!
Quero os sonhos que não sonhei,
Quero os abraços que não dei, os beijos que não ganhei
Quero me ter novamente,com a energia contida,sem medo de viver um novo conto de amor.
Quero ter o vento no rosto,
Quero as asas que perdi, para voar feito um pássaro,
Quero o sorriso de volta,
Quero o corpo molhado de chuva,
Quero dançar na rua,quero gritar bem alto,
Quero ficar contigo!
terça-feira, 17 de maio de 2011
sábado, 14 de maio de 2011
segunda-feira, 9 de maio de 2011
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Para a mãe, feliz Dia da Mães
Consigo viver sabendo que não estás aqui, mas não deixo de pensar em ti, um só dia.
Quando fico eufórica, parece que tenho que pegar o telefone para te contar. Quero ouvir: - Que bom minha filha!
Puxa, mãe como faz falta ouvir isto. Como fazem falta as manhãs que tomávamos café juntas. Imagina que tenho vontade de ver a tua mão tremula segurando a colher?
Desculpa pela perda de paciência, muitas vezes, mas sei que isto também faz parte do nosso amor. Este amor sim, incondicional, imortal, que faz parte da menor célula do meu corpo.
Quando estou triste, me sinto órfão, sem mãe, sem farol, sem horizonte, não estás comigo...
Só tenho que ficar comigo, e achar o carinho de ti que tenho dentro de mim, para me afagar, me dar o teu beijo, o teu abraço. Tenho que achar minhas próprias soluções, mas mãe, tu sempre fazes falta. Se ainda tenho que aprender, se já tenho experiências suficientes, mesmo assim, tu deverias estar aqui. Muitas horas num mesmo dia, ainda sou a menina precisando de ti. Sou aquela adolescente te contando do primeiro beijo, do primeiro amor.
E agora no dia das mães o que farei? Faço o frango que tu gostas? Mas não estás aqui...
Acho que vou ler muita poesia, aquela: - Vai-se uma pomba enfim dezenas de pombas...
Eras tão romântica e isto é que te tornava tão jovem no amor, tão diferente, tão atenta às dores que um amor perdido marca na gente. Eu podia te falar em várias línguas, de menina, de adolescente, de mulher, de mãe que me entendias.
Obrigada mãe e um Dia das Mães cheio deste amor que tenho por ti, em todos os meus dias.
terça-feira, 3 de maio de 2011
· Dê mais às pessoas, MAIS do que elas esperam, e faça com alegria.
· Decore seu poema favorito.
· Não acredite em tudo que você ouve, gaste tudo o que você tem e durma tanto quanto você queira.
· Quando disser "Eu te amo" olhe as pessoas nos olhos.
· Fique noivo pelo menos seis meses antes de se casar.
· Acredite em amor à primeira vista.
· Nunca ria dos sonhos de outras pessoas.
· Ame profundamente e com paixão.
· Você pode se machucar, mas é a única forma de viver a vida completamente.
· Em desentendimento, brigue de forma justa, não use palavrões.
· Não julgue as pessoas pelo seus parentes.
· Fale devagar mas pense com rapidez.
· Quando alguém perguntar algo que você não quer responder, sorria e pergunte: "Porque você quer saber?".
· Lembre-se que grandes amores e grandes conquistas envolvem riscos.
· Ligue para sua mãe.
· Diga "saúde" quando alguém espirrar.
· Quando você se deu conta que cometeu um erro, tome as atitudes necessárias.
· Quando você perder, não perca a lição.
· Lembre-se dos três Rs: Respeito por si próprio, respeito ao próximo e responsabilidade pelas ações.
· Não deixe uma pequena disputa ferir uma grande amizade.
· Sorria ao atender o telefone, a pessoa que estiver chamando ouvirá isso em sua voz.
Case com alguém que você goste de conversar. Ao envelhecerem suas aptidões de conversação serão tão importantes quanto qualquer outra.
· Passe mais tempo sozinho.
· Abra seus braços para as mudanças, mas não abra mão de seus valores.
· Lembre-se de que o silêncio, às vezes, é a melhor resposta.
· Leia mais livros e assista menos TV.
· Viva uma vida boa e honrada. Assim, quando você ficar mais velho e olhar para trás, você poderá aproveitá-la mais uma vez.
· Confie em Deus, mas tranque o carro.
· Uma atmosfera de amor em sua casa é muito importante. Faça tudo que puder para criar um lar tranquilo e com harmonia.
· Em desentendimento com entes queridos, enfoque a situação atual.
· Não fale do passado.
· Leia o que está nas entrelinhas.
· Reparta o seu conhecimento. É uma forma de alcançar a imortalidade.
· Seja gentil com o planeta.
· Reze. Há um poder incomensurável nisso.
· Nunca interrompa enquanto estiver sendo elogiado.
· Cuide da sua própria vida.
Não confie em alguém que não fecha os olhos enquanto beija.
· Uma vez por ano, vá a algum lugar onde nunca esteve antes.
· Se você ganhar muito dinheiro, coloque-o a serviço de ajudar os outros, enquanto você for vivo. Esta é a maior satisfação de riqueza.
· Lembre-se que o melhor relacionamento é aquele em que o amor de um pelo outro é maior do que a necessidade de um pelo outro.
· Julgue seu sucesso pelas coisas que você teve que renunciar para conseguir.
· Lembre-se de que seu caráter é seu destino.
· Usufrua o amor e a culinária com abandono total.
Dalai Lama
segunda-feira, 2 de maio de 2011
"Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei. Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim, onde não me enxergo, mas me sinto."
Martha Medeiros
Martha Medeiros
domingo, 1 de maio de 2011
sábado, 30 de abril de 2011
Oswaldo Montenegro - Estrada Nova
Ela sabia que seria a última vez, ela o abraçou, abraçou novamente, apertou seu peito junto ao dele, tão frágil. Não sabia se deveria ir, ou ficar ali junto, nunca mais ela veria seus os olhos cheios de lágrimas. Pegou sua mão tão fina, tão lisa e teve a vontade de não deixá-lo, mas tinha que partir. Partir, deixando um pedaço seu, para uma vida nova, distante. Não ouviria mais a sua voz, nem o seu assobio, enquanto fazia a barba, nem mais os seus chinelos, arrastando na casa.
Ela desceu com as malas os três pisos, e voltou correndo para lhe dar o último abraço: - Mais um beijo, pai.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Solidão
O silencio do oculto
O silencio do que não foi dito
O silencio do beijo que não foi beijado
O silencio do abraço que não foi dado
O silencio da espera daquele que não voltou
O silencio do pranto que ninguém viu.
O silencio do que não foi dito
O silencio do beijo que não foi beijado
O silencio do abraço que não foi dado
O silencio da espera daquele que não voltou
O silencio do pranto que ninguém viu.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Missão cumprida
Eu me submeto à tua cor, ao teu calor, às ondas do mar na praia, ao som das gaivotas no ar, para encontrar-me quando o dia amanhecer. Serei a dona de mim e do que hoje eu viver, cada um será a minha religião, para depois dormir, já cansada, quando a noite chegar e novamente te esperar
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Desejo que desejes
Eu desejo que desejes ser feliz de um modo possível e rápido,
desejo que desejes uma via expressa rumo a realizações não utópicas, mas viáveis,
que desejes coisas simples como um suco gelado depois de correr ou um abraço ao chegar em casa,
desejo que desejes com discernimento e com alvos bem mirados. Mas desejo também que desejes com audácia,
que desejes uns sonhos descabidos e que, ao sabê-los impossíveis,
não os leve em consideração,
mas os mantenha acesos,
livres de frustração,
desejes com fantasia e atrevimento,
estando alerta para as casualidades e os milagres,
para o imponderável da vida,
onde os desejos secretos são atendidos. Desejo que desejes trabalhar melhor,
que desejes amar com menos amarras,
que desejes parar de fumar,
que desejes viajar para bem longe e desejes voltar para teu canto,
desejo que desejes crescer e que desejes o choro e o silêncio,
pois através deles somos puxados pra dentro,
eu desejo que desejes ter a coragem de se enxergar mais nitidamente. Mas desejo também que desejes uma alegria incontida,
que desejes mais amigos,
e nem precisam ser melhores amigos,
basta que sejam bons parceiros de esporte e de mesas de bar,
que desejes o bar tanto quanto a igreja,
mas que o desejo pelo encontro seja sincero,
que desejes escutar as histórias dos outros,
que desejes acreditar nelas e desacreditar também,
faz parte este ir-e-vir de certezas e incertezas,
que desejes não ter tantos desejos concretos,
que o desejo maior seja convivência pacífica com outros que desejam outras coisas. Desejo que desejes alguma mudança,
uma mudança que seja necessária e que ela não te pese na alma,
mudanças são temidas,
mas não há outro combustível para essa travessia.
Desejo que desejes um ano inteiro de muitos meses bem fechados,
que nada fique por fazer,
e desejo,
principalmente,
que desejes desejar,
que te permitas desejar,
pois o desejo é vigoroso e gratuito,
o desejo é inocente,
não reprima teus pedidos ocultos,
desejo que desejes vitórias,
romances,
diagnósticos favoráveis,
mais dinheiro e sentimentos vários,
mas desejo,
antes de tudo,
que desejes,
simplesmente.
Martha Medeiros
domingo, 10 de abril de 2011
Fica este vazio, uma vontade de voar, de ser uma gaivota, sem destino, cortando os céus.Preciso parar de pensar que ainda há tempo, o tempo não pára e vai me empurrando como seu fosse uma folha caida de uma árvore, num dia qualquer. Preciso aceitar os meus dias sem sal, nem açucar.O que vivi , não viverei mais,preciso viver o hoje. Fico pasma quando me dou conta que a vida que eu pensava em viver, não é, exatamente, esta que estou vivendo.Esta é a minha vida, a minha sina.Este é o meu segredo e também o meu desespero.Sou a responsável pelos meus dias e se pudesse voltar, seria diferente? Seria mais feliz,ou estaria vivendo como agora? Não vou desejar outra vida, vou ficar comigo levando esta dúvida, sem desejar o ímpossivel.
sábado, 9 de abril de 2011
Aos poucos eu percebi,
Que se apaixonar é inevitável, e que as melhores provas de amor são as mais simples. Um dia percebemos que o comum não nos atrai, e que ser classificado como bonzinho não é bom. Um dia percebemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você. Um dia saberemos a importância da frase: "Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa". Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, e que não damos valor a isso! Que homem de verdade não é aquele que tem mil mulheres, mas aquele que consegue fazer uma única mulher feliz! Enfim... um dia descobrimos que apesar de viver quase um século, esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer tudo o que tem de ser dito. O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras!
Mário Quintana
Que se apaixonar é inevitável, e que as melhores provas de amor são as mais simples. Um dia percebemos que o comum não nos atrai, e que ser classificado como bonzinho não é bom. Um dia percebemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você. Um dia saberemos a importância da frase: "Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa". Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, e que não damos valor a isso! Que homem de verdade não é aquele que tem mil mulheres, mas aquele que consegue fazer uma única mulher feliz! Enfim... um dia descobrimos que apesar de viver quase um século, esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer tudo o que tem de ser dito. O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras!
domingo, 3 de abril de 2011
Amanhã será teu aniversário, parabéns para ti e para mim. Para mim, porque de ti ganhei os dias que eu queria viver.
Quando nasceste disseram, ele vai ter sorte, e hoje eu entendo isso, como sorte para mim também.
Consegues sentir a poesia no varal de roupas, dançando ao vento, na flor atacada pelas formigas, na onda do mar, no vôo dos pássaros, na beira da praia. Tanta poesia nos teus trabalhos da faculdade, pela perfeição,no teu sorriso cansado quando terminas.
Admiras o desenho perfeito do corpo dos insetos, e o teu rosto é tão lindo. Amas com tanta intensidade a todos e a tudo, e te deixa triste o sofrimento alheio, é tão nobre o teu eu.
És um menino, acompanhando um grande homem. Guarda sempre ele contigo, porque ele já ficou espantado com a tua vitória, com a tua perseverança e agora está feliz.
Sorte a minha te ter como filho!
Samuel Barber - Adagio for Strings. / Seelenrauschen - Visual Meditatio...
Namaste aos meus amigos, aqueles dos quais sinto falta, todos os dias.
Saudade
Em alguma outra vida,
devemos ter feito algo de muito grave,
Para sentirmos tanta saudade...
Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé , doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa,
Dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe,
Saudade de uma cachoeira da infância,
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais,
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu,
Saudade de uma cidade,
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem estas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar no quarto e ela na sala, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela pra faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor,
Ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi à consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre culpada,
Se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na internet,
A encontrar a página do Diário Oficial, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros,
Se ele continua preferindo Malzebier, se ela continua detestando McDonalds,
Se ele continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos,
Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento,
Não saber como frear as lágrimas diante de uma música,
Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
É não saber se ela está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer.
Saudade é isso que eu estive sentido enquanto escrevia
E o que você provavelmente estará sentindo depois que acabar de ler.
Miguel Falabela
domingo, 27 de março de 2011
Medo de Amar
Preciso despir-me da couraça, da cara feliz, do ser auto-suficiente, para poder viver um grande amor. Amar é complicado, deixa a gente boba, realmente cega, os defeitos do outro passam a serem traços de personalidade, mas o amor é lindo... Estar apaixonada é que é bom,não sei se é preciso estar junto, mas precisa-se sentir o outro.Saber que alguém pensa em ti,é que é bom. Até agora sou eu e o depois assusta. Assusta porque a liberdade de ser, estar com quem e onde queira, é maravilhosa. Quando se ama se quer ficar junto com o amado e ficar só é ficar infeliz. Eu me amo, me basto, mas às vezes cansa, esgota.Como já pensei, se vendessem beijos aos quilos, poderiam ser muito caros, mas compraria todos os dias um quilo.Não seriam quaisquer beijos, seriam beijos macios, cheirosos, com gosto de fruta e de flor, estes que a gente vicia,quando vê um filme, escuta uma música, senta na praia.
Não quero trair a mim mesma, quero continuar comigo mesma, e o amor se vier, virá sem fazer barulho, como um gato, enrolando-se no meu corpo, de um modo bem macio.
Não foi necessário dar a receita, bastou desabafar.
Não foi necessário dar a receita, bastou desabafar.
sexta-feira, 25 de março de 2011
Anjos
Com a expressão de dor, cabelos em desalinho, sobrancelhas grossas e sem cor, queixou-se de dor nas costas. O dorso imitava dunas de um deserto árido, seus olhos eram de profunda bondade, espelhavam a dor tão docilmente oculta. Falou-me das perdas, tão semelhantes as minhas, mas falou-me da inversão tão em desacordo, de perder um filho. Isto sai fora do controle, isto não é de gente nem de animal, deve ser de um ser ainda desconhecido.E, numa expressão de espanto me disse:
- Eu achava que os anjos subiam cheios de luz, mas descobri que os anjos também sofrem quando partem.
Só pude chorar devagarinho.
- Eu achava que os anjos subiam cheios de luz, mas descobri que os anjos também sofrem quando partem.
Só pude chorar devagarinho.
quarta-feira, 23 de março de 2011
domingo, 20 de março de 2011
Dois...
Apenas dois.
Dois seres...
Dois objetos patéticos.
Cursos paralelos
Frente a frente...
...Sempre...
...A se olharem...
Pensar talvez:
“Paralelos que se encontram no infinito...”
No entanto sós por enquanto.
Eternamente dois apenas.
Pablo Neruda
Apenas dois.
Dois seres...
Dois objetos patéticos.
Cursos paralelos
Frente a frente...
...Sempre...
...A se olharem...
Pensar talvez:
“Paralelos que se encontram no infinito...”
No entanto sós por enquanto.
Eternamente dois apenas.
sexta-feira, 18 de março de 2011
Desamor
Com ar de cansaço, com a ansiedade estampada em seu rosto, queixou-se de falta de ar. Mas seus olhos ,por vezes cheios de lágrima mostravam a dor física do desamor, da falta de estima para consigo mesma.
Dizia só ter amor, por todos, menos por si mesma. E eu não entendia como não podia se amar?Tanto amor...
Aos dois anos de idade, seus pais separaram-se, e por escolha foi excluída. Ficaria com seu pai, longe de seus irmãos, que a mãe escolhera para morarem com ela. Mesmo com tão pouca bagagem, ela não entendia, e procurava respostas, porque ficara separada de sua mãe?
Mas ela continuava a amar a todos, precisava amar.
Seu pai com o segundo matrimonio teria mais quatro filhos, e todos eram os preferidos. E, novamente, o rechaço. Como enfrentar tudo novamente?Amando a todos.
Aos doze anos voltou a morar com sua mãe, por escolha de se sua madrasta, mais uma vez o amor falou mais alto: “Eu fazia tudo para agradá-la, eu precisava provar que eu a amava,que ela fizera a escolha certa.”
Procurava provas de seu desvalor para sentir que não merecia ser amada, e isto justificaria tudo e ela poderia amar.
Quantas vezes procurou uma resposta, que até agora não teve?
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Reencontro
Mesmo com 55 anos de vida, uma infância comum com pai e mãe, um namoro aos 15, que segundo ela, um rapaz não muito bonito, um pouco chato, por ser romântico, ela contava sua vida, incrivelmente linda. Algo, de muita luz, brilhava em seus olhos, mostrava o seu sorriso um pouco tímido. Eu sentia que ela queria falar de sua felicidade e estimulei-a a falar.
Contou-me que morava em uma cidade pequena e que após os 18 anos mudo-se para um centro maior, em vista de trabalho. Conheceu seu marido, teve 2 filhos, uma vida também normal até seu marido tornar-se um adito ao álcool.Vício que acabou com a sua família e que a fez pedir ou exigir a separação depois de 30 anos bem e mal vividos.
Continuou trabalhando, vivendo para os filhos que casaram e que lhe permitiram uma vida com mais reflexões, mas sem grandes variações de humor, de expectativas, uma vida “morna”.
Tudo mudado, 180 graus, ao receber um telefonema daquele namorado romântico, chato. Quarenta anos depois, ela ouvia novamente a sua voz, ele a procurara por tanto tempo. Combinaram um encontro na cidade de seus pais e que não deveriam ter nenhuma pista para o reconhecimento.Ela alertara que havia mudado não era mais aquela menina e ele até sabia que seu cabelo não era mais negro.
Ela chegou mais cedo, e do primeiro piso poderia vê-lo. Vários carros chegaram, muitos partiram e ela esperava. E, de repente,não montado num cavalo negro e sim numa camionete, ele chegou, ela sabia que era ele,só sabia e num gesto de felicidade ela ergueu os braços e acenou repetidamente. Ele a viu e amou o seu abraço.
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Contou-me que morava em uma cidade pequena e que após os 18 anos mudo-se para um centro maior, em vista de trabalho. Conheceu seu marido, teve 2 filhos, uma vida também normal até seu marido tornar-se um adito ao álcool.Vício que acabou com a sua família e que a fez pedir ou exigir a separação depois de 30 anos bem e mal vividos.
Continuou trabalhando, vivendo para os filhos que casaram e que lhe permitiram uma vida com mais reflexões, mas sem grandes variações de humor, de expectativas, uma vida “morna”.
Tudo mudado, 180 graus, ao receber um telefonema daquele namorado romântico, chato. Quarenta anos depois, ela ouvia novamente a sua voz, ele a procurara por tanto tempo. Combinaram um encontro na cidade de seus pais e que não deveriam ter nenhuma pista para o reconhecimento.Ela alertara que havia mudado não era mais aquela menina e ele até sabia que seu cabelo não era mais negro.
Ela chegou mais cedo, e do primeiro piso poderia vê-lo. Vários carros chegaram, muitos partiram e ela esperava. E, de repente,não montado num cavalo negro e sim numa camionete, ele chegou, ela sabia que era ele,só sabia e num gesto de felicidade ela ergueu os braços e acenou repetidamente. Ele a viu e amou o seu abraço.
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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Climatério
Ela estava assustada, sua vida, sua cabeça estavam mudando. Estas mudanças estavam em seus pensamentos, em seu corpo, em seus desejos. O tempo tornara-se breve, a sensação de pouco tempo, de vida curta era real e precisava correr.Correr para fazer tudo o que desejava ainda.Seus filhos precisavam estar prontos para viverem com as próprias pernas, ela, até então, funcionava como muletas. Para todos, eram adultos, mas para ela, ainda, eram crianças tropeçando nos tapetes e seus vestidos como cipós para eles.
O tempo corre e como largá-los sozinhos para caminharem? Como viver ainda os seus sonhos?Como ser a mulher, a amante que ambicionava ser? Como ter a casa sem roupas por todo lado, a mesa cheia de pratos para o almoço? Ela queria a paz sem crianças dormindo, ela queria poder ir e vir sem preocupações.
Ela chorou, gritou e seu grito a despertou, era chegada a hora de viver no seu espaço, de caminhar pela praia, gastando poucas calorias, passear porque tinha vontade de molhar os pés na água. Andar sem ter hora para chegar,sem ter que dar respostas,desculpas.Ela queria saber dos filhos já homens, pessoas responsáveis, tocando as suas vidas, para ela viver a sua, agora, tão breve vida.Sempre tivera estas responsabilidades como prioridades, mas era chegada a sua vez de viver, não como uma idosa, que se satisfaz com os domingos de casa cheia de netos e filhos gritando por tudo e com todos, com risadas na sala, com choro de crianças. Era chegada a hora de cortar o cabelo, pintá-lo de cor diferente, de viajar, de fazer casa nova, de ter com o seu marido um romance de cinema, sem medo de portas abertas. Hora de tomar um bom vinho e acordar numa manhã de chuva, ouvindo os pingos baterem na janela, sem pressa de levantar.
O tempo corre e como largá-los sozinhos para caminharem? Como viver ainda os seus sonhos?Como ser a mulher, a amante que ambicionava ser? Como ter a casa sem roupas por todo lado, a mesa cheia de pratos para o almoço? Ela queria a paz sem crianças dormindo, ela queria poder ir e vir sem preocupações.
Ela chorou, gritou e seu grito a despertou, era chegada a hora de viver no seu espaço, de caminhar pela praia, gastando poucas calorias, passear porque tinha vontade de molhar os pés na água. Andar sem ter hora para chegar,sem ter que dar respostas,desculpas.Ela queria saber dos filhos já homens, pessoas responsáveis, tocando as suas vidas, para ela viver a sua, agora, tão breve vida.Sempre tivera estas responsabilidades como prioridades, mas era chegada a sua vez de viver, não como uma idosa, que se satisfaz com os domingos de casa cheia de netos e filhos gritando por tudo e com todos, com risadas na sala, com choro de crianças. Era chegada a hora de cortar o cabelo, pintá-lo de cor diferente, de viajar, de fazer casa nova, de ter com o seu marido um romance de cinema, sem medo de portas abertas. Hora de tomar um bom vinho e acordar numa manhã de chuva, ouvindo os pingos baterem na janela, sem pressa de levantar.
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Não sei nada da tua vida,fica o silencio da ausencia.Um silencio que machuca, mas que aceito para poder viver. Preciso viver sem noticias, preciso pensar que segues a tua vida paralela a minha.
Somos como dois desconhecidos, e no entanto fomos tão intensos no amor,na perda, na saudade.
A ti dediquei, em silencio, a minha vida, os mais lindos sonhos e também a dor mais dolorida. A dor de ter que conviver com a certeza de não te ter mais e sentindo até hoje o teu cheiro.
Somos como dois desconhecidos, e no entanto fomos tão intensos no amor,na perda, na saudade.
A ti dediquei, em silencio, a minha vida, os mais lindos sonhos e também a dor mais dolorida. A dor de ter que conviver com a certeza de não te ter mais e sentindo até hoje o teu cheiro.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
domingo, 13 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Joe Cocker - You are so beautiful (nearly unplugged)
Bom dia sexta -feira. Que bom que chegaste!!!!!!!!!!!!
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
...Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.
Clarice Lispector
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Fora de mim
"É a pior morte, a do amor. Porque a morte de uma pessoa é o fim estabilizado, é o retorno para o nada, uma definição que ninguém questiona. A morte de um amor, ao contrário, é viva. O rompimento mantém todos respirando: eu, você, a dor, a saudade, a mágoa, o desprezo – tudo segue. E ao mesmo tempo não existe mais o que existia antes. É uma morte experimental: um ensaio para você saber o que significa a morte, mesmo estando vivo, já que quando morrermos de fato, não saberemos.”
Martha Medeiros
"É a pior morte, a do amor. Porque a morte de uma pessoa é o fim estabilizado, é o retorno para o nada, uma definição que ninguém questiona. A morte de um amor, ao contrário, é viva. O rompimento mantém todos respirando: eu, você, a dor, a saudade, a mágoa, o desprezo – tudo segue. E ao mesmo tempo não existe mais o que existia antes. É uma morte experimental: um ensaio para você saber o que significa a morte, mesmo estando vivo, já que quando morrermos de fato, não saberemos.”
Martha Medeiros
sábado, 5 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
RECAPITULANDO
Este ano, desejo que o amor próprio seja o primeiro, em cada gesto, em cada olhar para que o seguinte, o segundo seja uma consequência, naturalmente...
Quero pensar que 3ª idade, tem tudo de bom, que não preciso mais pagar transporte público, que vou ter o lugar vago para mim, que comer é permitido sem contar calorias, fila de banco, supermercado, jamais!
Tive sorte, estou com saúde, estou lúcida, tive os filhos que eu gostaria de ter, todos diferentes, mas verdadeiros, tenho até um neto muito amado. Tenho amigas eternas, irmãos que adoro, e que me fazem pensar, às vezes, se valeu deixa-los, para seguir o meu caminho, este que fiz ao virar uma rua qualquer, e que de repente me fez viver uma vida diferente, daquela que eu imaginava. Tenho cunhas, noras, sobrinhos, sobrinhos netos, logo sou uma senhora.
Ainda bem que tenho tios e primas maravilhosos que me fazem sentir menos senhora.
Tantos sonhos eu tive, ainda tenho uns na manga, tantos sonhos realizei, tantos não consegui, tantos eu perdi.
Estou com saudades de mim, hoje.
Estou com saudades da minha juventude, acho que todo mundo tem, um pouco, pelo menos. A saudade é tanta, de todos, que me preparo para um dia especial para matar esta saudade. E me vejo imaginando este dia, sonhando com este dia. Dia de rever a família, os amigos, aqueles que nunca esqueci, daqueles que estou com saudades.
Amo meu trabalho, preciso dele, é também a minha terapia, ele acalma a alma.
Cinquenta anos são para parar e pensar. Vou daqui a pouco pertencer a 3ª idade. Não vi nem a primeira, nem a segunda passar. Foram tão ligeiras, as ingratas. Deixaram-me agora a esperar a terceira. Como não suspeitei?
Como se vive agora? Sou uma senhora com cabeça de primeira? Não, sei que a minha cintura cresce os quadris não tem a mesma medida. Lembrei agora da minha mãe costurando as 22:00h para que eu pudesse sair as 23:00h, não precisava alargar as costuras era só deixar mais curto.
Às vezes sou tia, isto é muito bom, ameniza. O pior é quando disserem:- A senhora quer sentar? Quer um pouco de água? A senhora não está bem?
Quero passar por uma construção e receber um assobio, como diz a minha amiga. Sempre tem um para isto, deve deixa-los mais machos, pelo menos serve para alimentar o ego.
O meu corpo não tem a minha cabeça, continuo apaixonada pela vida. A minha vida precisa ter tantas coisas ainda... Continuo médica dos pés a cabeça. Sou mãe em todos os poros. E, amante em segredo, Ah! Ah! (calma isto é figuração)
O que sinto são as perdas. Perdi pessoas tão importantes, não vitais porque continuo viva. Mas quase morri me senti órfão, viúva, abandonada. É muito doloroso passar por tantas perdas e seguir sem elas. Incrível que a gente continua vivendo. Dói na alma, a dor é física, mas permite que a gente siga. E os vivos que se foram?
Será que até agora fui gente, uma pessoa legal? Fiz o meu papel? Só sei que fiz o que pude, o que sabia. Sei que não sou tudo, mas faço parte, faço a minha parte.
Sei que aprendi a viver com saudade, com a saudade de mim, com a saudade dos que já foram e a saudade do que perdi.
Bem, para mim e de quem tenho saudades, BOAS FESTAS!
"Existe duas dores de amor. A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão envolvidos que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
Você deve achar que eu bebi. Se a luz está sendo vista, adeus dor, não seria assim? Mais ou menos. Há, como falei, duas dores. A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por ninguém. Dói também.
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um suvenir de uma época bonita que foi vivida, passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação com a qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a dor-de-cotovelo propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: eu amo, logo existo.
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente. "
Martha Medeiros
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
Você deve achar que eu bebi. Se a luz está sendo vista, adeus dor, não seria assim? Mais ou menos. Há, como falei, duas dores. A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por ninguém. Dói também.
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um suvenir de uma época bonita que foi vivida, passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação com a qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a dor-de-cotovelo propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: eu amo, logo existo.
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente. "
Martha Medeiros
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