Eu me espanto, nos meus cantos, pelas frestas vazam saudades contidas. Vão-se a minha mocidade, as certezas e incertezas, os meus cabelos compridos, o meu corpo de menina, pessoas que tanto amei, amores mal acabados, amigos que não vejo mais, cheiros que me marcaram, vozes que não esqueço, músicas que ainda canto.
Vejo tudo, escorrer, desenhando o meu corpo, pelas calçadas que ainda piso.
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