Consigo viver sabendo que não estás aqui, mas não deixo de pensar em ti, um só dia.
Quando fico eufórica, parece que tenho que pegar o telefone para te contar. Quero ouvir: - Que bom minha filha!
Puxa, mãe como faz falta ouvir isto. Como fazem falta as manhãs que tomávamos café juntas. Imagina que tenho vontade de ver a tua mão tremula segurando a colher?
Desculpa pela perda de paciência, muitas vezes, mas sei que isto também faz parte do nosso amor. Este amor sim, incondicional, imortal, que faz parte da menor célula do meu corpo.
Quando estou triste, me sinto órfão, sem mãe, sem farol, sem horizonte, não estás comigo...
Só tenho que ficar comigo, e achar o carinho de ti que tenho dentro de mim, para me afagar, me dar o teu beijo, o teu abraço. Tenho que achar minhas próprias soluções, mas mãe, tu sempre fazes falta. Se ainda tenho que aprender, se já tenho experiências suficientes, mesmo assim, tu deverias estar aqui. Muitas horas num mesmo dia, ainda sou a menina precisando de ti. Sou aquela adolescente te contando do primeiro beijo, do primeiro amor.
E agora no dia das mães o que farei? Faço o frango que tu gostas? Mas não estás aqui...
Acho que vou ler muita poesia, aquela: - Vai-se uma pomba enfim dezenas de pombas...
Eras tão romântica e isto é que te tornava tão jovem no amor, tão diferente, tão atenta às dores que um amor perdido marca na gente. Eu podia te falar em várias línguas, de menina, de adolescente, de mulher, de mãe que me entendias.
Obrigada mãe e um Dia das Mães cheio deste amor que tenho por ti, em todos os meus dias.
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