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sábado, 30 de abril de 2011
Oswaldo Montenegro - Estrada Nova
Ela sabia que seria a última vez, ela o abraçou, abraçou novamente, apertou seu peito junto ao dele, tão frágil. Não sabia se deveria ir, ou ficar ali junto, nunca mais ela veria seus os olhos cheios de lágrimas. Pegou sua mão tão fina, tão lisa e teve a vontade de não deixá-lo, mas tinha que partir. Partir, deixando um pedaço seu, para uma vida nova, distante. Não ouviria mais a sua voz, nem o seu assobio, enquanto fazia a barba, nem mais os seus chinelos, arrastando na casa.
Ela desceu com as malas os três pisos, e voltou correndo para lhe dar o último abraço: - Mais um beijo, pai.
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