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domingo, 11 de maio de 2014
La Boheme
Mãe
Como sentir-se a mesma pessoa, depois que fostes? Como tomar café pela manhã, sem a tua presença? E o almoço de domingo, que poderia ter o mesmo cardápio, mas era sempre uma novidade?
E as poesias que deixei de ouvir, as músicas que adoravas, ouvir bem pertinho do aparelho?
Quantas manhãs acordo e chamo pelo teu nome, e aí tenho que lembrar que não estás no quarto ao lado.
E aquela sensação de férias, que eu sentia,quando vinhas de Pelotas.
Quantos conselhos, quantos silêncios enquanto eu chorava, pelo amor perdido, contigo ao meu lado, só para amenizar a dor.
Tenho saudades até das nossas brigas, que sempre tornavam-se insignificantes.
Pena, eu não ter passeado mais contigo, não ter comprado mais cremes, mais sapatos que tanto gostavas. Não ter ido a todos os teus aniversários, mas a vida é muito feia quando nos obriga a ficarmos longe das pessoas que mais amamos. Esta geografia que nos separa e nos aproxima mais ainda, pela saudade.
Obrigada, mãe por ser esta pessoa tão próxima, tão presente até hoje, e que me abraça quando estou feliz ou triste.
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